Com a devida vénia ao Jornal da Madeira
Nada melhor que começar o ano em festa. Foi assim que o Club Pés Livres - Associação de Montanhismo da Madeira deu início ao seu programa de caminhadas a pé pelas levadas e veredas da nossa ilha.
Foi com um leve cheirinho, ainda, a Natal que tudo começou. Estava próximo o Dia de Reis, um bom pretexto para que no final houvesse festa e música.
O passeio começou nas Babosas (Funchal) onde o grupo de caminheiros, composto por mais de 50 pessoas arrancou para mais uma caminhada a pé, "uma zona bastante bonita e agradável", começou por explicar Odílio Fernandes, o fotógrafo de serviço dos "Pés Livres".
Dali seguiram sempre pela Levada dos Tornos até chegarem à Assomada, no Caniço. O passeio durou, sensivelmente, seis horas e é considerado com um grau de dificuldade de nível três devido à sua extensão de 14 quilómetros. A partir da Levada dos Tornos, situada numa cota acima dos 400 metros, é possível ter uma visão panorâmica sobre a cidade do Funchal. À medida que foram avançando, os caminheiros puderam alcançar toda a zona do Caniço, passando pelas Eiras. Depois foram desembocar numa zona chamada "Pereirinha", que fica próxima à vila da Camacha.
Nessa zona saíram da Levada dos Tornos, subiram um pouco a chamada Recta da Camacha e, em seguida, apanharam a Levada do Moinho até chegarem à Assomada.
Odílio Fernandes sublinha que a caminhada na levada é mais rápida porque o piso é plano. Já o restante trilho, devido às subidas e descidas que impõe mais dificuldades. "Um passeio na levada é diferente dos trilhos em que andamos a saltar e a descer pedras, por caminhos irregulares", apontou.
Por isso, e "em média, na levada, e a um bom ritmo, costumamos fazer entre três a três quilómetros e meio, por hora, a andar bem. No ritmo a que nós fomos, fizemos uma média de três quilómetros, por hora", explicou.
Durante esta caminhada de seis horas, o grupo acabou por passar por três freguesias. Das Babosas à Camacha foram cerca de quatro horas. Da Recta da Camacha até à parte de baixo da Assomada (Caniço) levaram as restantes duas horas. Odílio Fernandes garante que o percurso trilhado é agradável, pelo que, ao qual, normalmente aderem muitas pessoas. Vão sempre mais de 50. No final desta longa caminhada, houve lugar a um convívio na casa de um dos sócios do Club, o senhor Ângelo. No local, o grupo foi surpreendido pelos Reis Magos que lhes entoaram os devidos cânticos tendo em conta a proximidade daquela festa.
Esta é já uma prática frequente, por ocasião do Dia de Reis. Na casa do senhor Ângelo, todos os anos há sempre um "presépio extremamente bem feito e bonito, quase todo ele natural", referiu. O presépio é quase todo ele escavado na rocha. Para tal, o responsável aproveita uma zona circundante à casa que foi deixada a descoberto, aquando as escavações para a construção da moradia.
A esposa do senhor Ângelo, também, esmera-se para receber bem os caminhantes. O seu humanismo faz com que seja uma boa anfitriã. "É uma pessoa que trabalha com crianças portadoras de deficiência e, é por isso, bastante acessível, dócil e prestável e está sempre de portas e coração abertos para nos receber", apontou Odílio Fernandes.
Foi assim desta forma alegre e calorosa que o grupo arrancou para mais um ano de caminhadas, na esperança de que o seu exemplo mova outros mais, para que cultivem o gosto pela natureza, para que conheçam melhor o que é nosso e para que andem mais a pé.
Élia Freitas
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