Terça-feira, 17 de Outubro de 2006

Parque Temático reformula pavilhão

A comemorar dois anos, o espaço localizado em Santana aposta assim na gestão de conteúdos

 

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

 

 

O Parque Temático da Madeira, que comemorou no passado fim-de-semana dois anos de actividade, vai reformular em breve um dos quatro pavilhões que possui, mais precisamente o Futuro da Terra, depois de ter no ano passado introduzido alterações no Viagem Fantástica.

 

O Futuro da Terra é um espaço fechado atravessado por uma passerele audiovisual, onde o visitante assiste a um espectáculo multimédia projectado para as quatro paredes sobre o planeta, com o objectivo de sensibilizar para a necessidade de defender e preservar o ambiente e os recursos naturais. É também um espaço de consciencialização e de esperança. De acordo com Tiago Freitas, a ideia não é substituir, mas acrescentar conteúdos, mantendo o Parque como um espaço de interesse e aprendizagem para toda a família. Além destes dois, o Parque possui outros dois pavilhões: Um Mundo de Ilhas, as Ilhas no Mundo e Descoberta das Ilhas, a par de jardins e outros pontos de interesse que justificam uma visita de um dia.

 

Desde que abriu, já passaram pelos seus sete hectares cerca de 180 mil pessoas. O objectivo é atingir as 200 mil até ao final do ano, disse o director. A direcção do espaço de diversão em Santana organizou um programa especial para assinalar o segundo aniversário, onde não faltaram o bolo e o fogo-de-artifício, para além da música, com a participação de grupos de folclore, bandas filarmónicas, animação cultural, palhaços, pinta-faces, saltimbancos, malabaristas, personagens gigantes e lançadores de fogo. No sábado actuou o grupo Lírios do Norte. No domingo foi a vez do Grupo de Folclore de Santana e da Banda Filarmónica do Faial. A par das actuações, os visitantes tiveram a possibilidade de aceitar o desafio e partir à descoberta do artesanato em diferentes ateliers montados para este fim. É que o Parque Temático da Madeira oferece, com a ajuda de um grupo de artesãos, a possibilidade de pôr mãos à obra e criar pequenas peças de artesanato, desde a pichelaria ao bordado, passando pela olaria, tecelagem, pelos bonecos de palha de milho e pelos tradicionais vimes. No final, pode ainda levar a peça produzida como recordação. Os dois anos foram assinalados com um bolo gigante especial que flutuava no lago e com fogo-de-artifício, logo após o cantar de parabéns, nos dois dias. Todos os visitantes foram convidados a comemorar com bolo e champanhe a passagem de mais um ano de actividade. O Parque Temático da Madeira funciona entre as 10h00 e as 19h00. Tem multibanco e parque de estacionamento gratuito.

 

Paula Henriques

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publicado por João Carvalho Fernandes às 15:41
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Terça-feira, 3 de Outubro de 2006

PORTO MONIZ

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Segunda-feira, 2 de Outubro de 2006

As visitas de John dos Passos à Madeira

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

 

 

Na quinta-feira, assinalou-se o 36.º aniversário da morte do eminente escritor americano John dos Passos (1896-1970). evocamos aqui as suas visitas à ilha da Madeira. Manuel Joaquim dos Passos, avô paterno do eminente escritor, era natural da Ponta do Sol, aonde nasceu em 1816. Segundo os registos de passaportes guardados no Arquivo Regional da Madeira, a 8 de Outubro de 1830, contando então 14 anos de idade, tirou o passaporte com destino a Gibraltar, seguindo no bergantim americano "Alcyon" em trânsito para aos Estados Unidos. Tendo aportado em Baltimore, acabou por radicar-se em Filadélfia. Ali contraiu matrimónio com uma senhora americana e dessa união nasceram vários filhos, um dos quais viria a ser um prestigiado advogado, John Randolph dos Passos (1844-1917).

 

Este causídico também escreveu vários livros, entre os quais destacamos os seguintes: "The inter-State Commerce act; an analysis of its provisions" e "The Anglo-Saxon Century and the unification of the English-speaking people". Este prestigiado jurisconsulto efectuou uma viagem à Madeira em 1905. Na sua edição de 10 de Maio desse ano, o Diário Popular, então publicado no Funchal, publicou o seguinte texto acerca dele: «Tem o sr. Dr. Passos um particular afecto pelo nosso país, pois na visita que em Lisboa fez ao nosso monarca, a quem foi apresentado pelo ministro americano, disse ao sr. D. Carlos que se honrava em ser um 'português-americano'. [...]

 

Na Madeira também foi sua exa. Visitar o venerando prelado funchalense e a Câmara Municipal, manifestando o mais vivo interesse por tudo quanto diz respeito aos negócios da nossa terra. Como é natural, são gratíssimas as impressões que o sr. Dr. Passos leva do nosso país, especialmente da Madeira, onde nacionais e estrangeiros lhe fizeram o mais lisonjeiro acolhimento. O sr. Dr. John R. Dos Passos conta partir hoje no 'Heidelberg' para Lisboa, de onde regressará à América, prometendo contudo voltar à Madeira oportunamente. Felicitando o grande português-americano e a sua distinta família, desejamos-lhe cordialmente uma óptima viagem, fazendo votos para que de novo volte a esta terra, que o estremece como se fosse a sua verdadeira pátria.» Apesar do seu ensejo e dos votos manifestados pela imprensa, nunca mais regressaria à ilha que um dia vira nascer o seu progenitor. Apesar de não ser referido na imprensa coeva, John Roderigo dos Passos (1896-1970) acompanhou o seu pai nesta visita, como o próprio refere no prefácio do livro "The Portugal Story": «Embora eu fosse educado sem qualquer conhecimento da língua portuguesa, a minha família não perdera por completo o contacto com os parentes do meu avô, na Madeira. O meu pai, embora falasse apenas um pouco de francês, além do inglês, nunca se esqueceu de que era meio português. Tinha oito anos quando ele me levou ao Funchal. Lembro-me das visitas de um primo idoso que me dava, no jardim do velho Reid's Hotel, uma lição diária de latim».

 

A segunda visita de John dos Passos à Madeira ocorreu em 1921.Curiosamente, partiu de New Bedford - cidade do Estado de Massachusetts onde se radicaram inúmeros emigrantes madeirenses - a bordo do 'Mormugão', um navio da companhia Transportes Marítimos do Estado (que fez várias viagens entre Lisboa, Madeira, Açores e a cidade baleeira).

 

Estando em trânsito a caminho de Lisboa, aproveitou a breve escala na ilha para fazer de cicerone pelas ruas do Funchal a E. E. Cummings, seu companheiro de viagem, como refere na sua obra autobiográfica "Best Times". Quase 50 anos depois, num artigo patente na secção 'Voz Literária' do jornal Voz da Madeira de 10 de Janeiro de 1950 encontrámos uma notícia sobre John dos Passos relativa a uma entrevista que o prolífico autor dera a um jornal brasileiro onde terá afirmado: «Desejo voltar à Madeira, para mostrar a ilha à minha filha» e ainda «Visitarei a Ponta do Sol, onde o meu avô exerceu a profissão de sapateiro». A simplicidade de John dos Passos e a referência às humildes origens do seu avô mereceu o seguinte comentário do jornalista: «Exemplo curioso e significativo para tantos que, às vezes, querem esconder a modéstia dos seus antepassados»!

 

Com efeito, a terceira visita de John dos Passos à Madeira ocorreu em 1960, dez anos antes da sua morte. Por essa altura, o autor da famosa trilogia "U. S. A." era já um escritor consagrado no panorama literário norte-americano e mundial, tendo muitas das suas obras traduzidas em várias línguas. Seguidamente exporemos, em breves traços, a cobertura mediática que o Diário de Notícias deu a esta visita. O anúncio da sua chegada para breve foi veiculado na edição de 7 de Julho deste órgão informativo regional nestes termos: «Com uma obra romanesca que lhe deu celebridade mundial, John dos Passos, em cujas veias corre sangue português, é hoje com Hemingway, Faulkner, Caldwell e alguns mais, um dos vultos notáveis das letras norte-americanas. Vê-lo-emos brevemente na Madeira, onde passará uma temporada em gozo de férias. A sua chegada está anunciada para meados do corrente mês.» Alguns dias depois, na edição de 12 de Julho do mesmo matutino era referido que o escritor já se encontrava em Lisboa a aguardar transporte para a Madeira.

 

O correspondente deste jornal na capital subscreveu ainda estes pensamentos: «O que há de mais interessante para nós, madeirenses, é o saber-se que ele é filho do maior advogado da Casa Morgan, que há três quartos de século financiava os estudos europeus nas horas de crise, esse filho do madeirense Passos, da Ponta do Sol, que muito novo seguiu para a América a tentar fortuna. O grande escritor norte-americano vai à Madeira em romagem de saudade». A 18 de Julho o Diário de Notícias publicou uma entrevista feita pelo seu redactor ao prolífico escritor, que começara por desculpar-se por não poder falar português. Instado a pronunciar-se sobre se teria parentes na Madeira, John dos Passos respondeu afirmativamente: «Sim. Tenho muitos primos. A nossa família é muito grande. O meu avô emigrou para os Estados Unidos, um irmão dele foi para o Brasil e outros ficaram cá. Assim, tenho agora parentes aqui, em Lisboa, nos Estados Unidos e no Brasil.»

 

O escritor acrescentou ainda que «Nestes próximos dias irei à Ponta do Sol, terra dos meus antepassados, ver toda a família que ali vive.» A conversa recaiu depois sobre literatura. Falando dos seus projectos para o futuro, este ilustre luso-descendente referiu que tinha em mente a redacção de «um livro de ensaios sobre a Cultura portuguesa e os seus reflexos no Brasil e pelo mundo.» Questionado acerca da duração desta sua visita à Madeira, John dos Passos retorquiu: «Apenas uma semana. Depois, o regresso à minha casa, numa localidade perto de Washington, e o regresso ao trabalho: o livro sobre Cultura portuguesa e outros»A 19 de Julho este mesmo jornal publicou uma pequena nota anunciando que Joaquim Sequeira Cabrita, edil pontasolense, e o Dr. João Sebastião Ferreira, primo do escritor, acompanhados pelas respectivas esposas, tinham ido ao Reid's Hotel convidar John dos Passos para uma festa de homenagem em sua honra que teria lugar nos Paços do Concelho da Ponta do Sol. No dia seguinte o escritor visitou aquele concelho, acompanhado da sua esposa, Mrs. Elizabeth Hamlin Holdrige, e sua filha Lucy. Os ilustres visitantes começaram por almoçar na casa dos seus antepassados «num ambiente fraternal» onde «foram evocadas passagens longínquas dos antepassados do sr. John dos Passos.»

 

Após o repasto, estes ilustres visitantes assistiram à sessão solene em sua honra levada a efeito na Câmara Municipal onde, segundo referiu a imprensa coeva, marcaram também presença os «elementos mais representativos» da Ponta do Sol. Um dos momentos altos desta cerimónia foi a leitura, pelo edil pontasolense, de um longo discurso, do qual apresentamos apenas alguns breves excertos: «Encontra-se reunida nesta sala de tantas tradições a grande família Pontasolense com o fim de homenagear o eminente escritor americano John dos Passos, que nos deu o grande prazer de visitar a terra que serviu de berço ao seus antepassados. […] O sr. John dos Passos é um dos mais fecundos escritores do seu País e de renome mundial. É bacharel formado em arte em 1916 pela universidade de Harvard. Tem percorrido quase todo o mundo e os seus livros traduzem quase todas as realidades da vida, especialmente da americana. […] E para que este dia fique assinalado na história Pontasolense deliberou mais a Câmara colocar na casa onde nasceram os ascendentes do sr. John dos Passos, e que hoje pertence aos herdeiros do Dr. Fortunato Pita, esta inscrição: «Nesta casa nasceram os ascendentes do eminente escritor americano que visitou este concelho no dia 20 de Julho de 1960 - Homenagem da Câmara Municipal.»

 

No final desta sessão solene John dos Passos dirigiu algumas palavras de agradecimento a todos os presentes e leu um discurso de agradecimento, do qual retirámos alguns trechos: «Desculpem eu não falar a língua dos meus avós. Como sabem o meu avô deixou a Ponta do Sol há muito mais de cem anos. É deveras enternecedor para mim ser recebido com tão grande gentileza e consideração. […] Mais tarde meu pai tornou-se cada vez mais interessado a respeito da Madeira e das suas raízes portuguesas. Quando eu tinha oito anos trouxe-me, por algumas semanas ao Funchal. Assim quando aqui cheguei há dias reconheci os rochedos cor de púrpura, o mar azul, os mergulhadores e as pequenas lagartixas que correm através dos jardins do Reid's Hotel. Recordo a amável hospitalidade de amigos e parentes da Madeira.»

 

No fim desta cerimónia foi oferecido a John dos Passos dois exemplares do livro "Ilhas de Zarco", da autoria do Pe. Eduardo Nunes Pereira. Após a cerimónia solene, o escritor visitou a "Villa Passos", a casa dos seus antepassados sita à Rua Príncipe D. Luís I, que também visitara quando tinha vindo à Madeira acompanhado pelo seu pai no início do século passado. Depois desta visita, seguiu-se um «primoroso chá, que decorreu num ambiente distinto» no Club Recreativo Pontasolense.Segundo referem as edições do Diário de Notícias de 23 e 24 de Julho, durante a permanência de John dos Passos na Madeira, este ilustre escritor visitou a Junta Geral - à altura presidida pelo Dr. João de Lemos Gomes - tendo-lhe sido oferecidos vários livros sobre a Madeira editados por este organismo. Num gesto de boa vontade para com o insigne visitante esta entidade governativa proporcionou-lhe dois passeios de automóvel pelo norte da ilha. O ilustre escritor norte-americano foi ainda recebido pelo Chefe do Distrito, João Inocêncio Camacho de Freitas, que o obsequiou com um "Madeira de honra". John dos Passos visitou ainda o Arquivo Distrital, onde obteve uma certidão de nascimento do seu avô paterno, natural da Ponta do Sol. Este visitante teve ainda a oportunidade de trocar umas breves impressões com o Pe. João Vieira Caetano, pároco daquele concelho, que lhe ofereceu um dos seus livros. Antes da sua partida, o prolífico escritor, recebeu de Joaquim Sequeira Cabrita, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, um álbum fotográfico contendo uma colecção de fotografias da cerimónia de homenagem com que fora distinguido na Câmara Municipal da Ponta do Sol. Seguidamente, John dos Passos, acompanhado pela sua esposa, filha e ainda pelo edil pontasolense, dirigiu-se à redacção do Diário de Notícias a fim de «agradecer as referências que lhe fizemos a propósito da sua estadia entre nós e, ao mesmo tempo, manifestar-nos a profunda impressão de agrado que levava da nossa terra - das suas belezas naturais, do acolhimento caloroso que aqui recebera.»

 

Por sua vez, este matutino referiu o seguinte: «Sensibilizou-nos o gesto de John dos Passos, a quem desejamos excelente viagem no seu regresso aos E.U.A». O escritor e sua família deixaram a Madeira a 23 de Julho de 1960, a bordo do 'Ascania'. Terminou assim a «romagem de saudade» de John dos Passos - como foi apelidada pela imprensa da época - em busca das suas raízes insulares.

 

Duarte Mendonça (texto) / D.R. (fotografia)

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publicado por João Carvalho Fernandes às 09:01
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