Sexta-feira, 30 de Junho de 2006

Veredas turísticas custam 4 milhões e 435 mil euros

Quebradas/Ribeiro Bonito é o primeiro dos 18 percursos a ficar concluído

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

dn0401021001.jpg

 

Quatro milhões e 435 mil euros é quanto vai custar a recuperação de 18 percursos pedestres recomendados, três dos quais localizados no Porto Santo.Entre as veredas e levadas a serem beneficiadas, destaca-se o acesso entre o Pico do Gato, no Pico do Areeiro, e o Pico Ruivo, na Achada do Teixeira, cuja recuperação motivou ontem uma visita dos secretários regionais do Ambiente e do Turismo.No local, Manuel António Correia, responsável pela tutela do Ambiente, vincou a importância das obras que vão permitir melhores condições de circulação, mais segurança e vão potenciar a capacidade de socorro.

«Numa altura em que o Mundo é cada vez mais igual, a competitividade faz-se pela diferença, pela qualidade e pela natureza», referiu o governante, alertando para a necessidade da Região preservar o património natural e cultural como uma mais-valia económica.No total, são 124 km de veredas e levadas a serem beneficiados, no prazo de um ano. O primeiro percurso a ser concluído liga as Quebradas ao Ribeiro Bonito, em Santana, e fica pronto em Setembro. Segue-se, em Outubro, a ligação entre a Achada do Teixeira e a Ilha. Orçado em 4 milhões e 435 mil euros, este investimento é financiado em 70% pelo FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Os restantes 30%, cerca de um milhão e 330 mil euros, são assegurados pela Região.

GOVERNO PEDE ATENÇÃO DOS UTILIZADORES

Apesar do nevoeiro e do frio que se fizeram sentir, ontem, no Pico Ruivo, Manuel António Correia fez questão de visitar "in loco" as obras que decorrem neste percurso.O secretário regional do Ambiente fez-se acompanhar pelo secretário regional do Turismo, João Carlos Abreu, pelo director regional de Florestas, Rocha da Silva, e pelo líder da Câmara de Santana, Carlos Pereira, numa breve caminha- da por uma das veredas regionais mais procuradas pelos turistas.

Para além deste percurso pedestre, a primeira fase das obras de beneficiação das veredas vai também incluir as ligações entre o Ribeiro Frio, os Lamaceiros e a Portela, as Queimadas e o Caldeirão Verde, a Boca da Corrida e a Encumeada e, conforme já foi referido, as Quebradas e o Ribeiro Bonito, assim como a Achada do Teixeira e a Ilha. Ainda que o plano de segurança dos trabalhos em curso vá permitir manter os percursos abertos, durante o "timing" das intervenções, Manuel António Correia apela aos utilizadores para que se mantenham atentos a eventuais restrições.Em caso de condicionamento de algumas destas veredas, o anúncio será feito, segundo o governante, com quinze dias de antecedência, através dos serviços da Secretaria do Turismo e das unidades hoteleiras.

Patrícia Gaspar

publicado por João Carvalho Fernandes às 12:06
link | comentar | favorito

PEIXE ESPADA

MADEIRA174.jpg

 

PEIXE-ESPADA - MERCADO DOS LAVRADORES - FUNCHAL

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 09:00
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quinta-feira, 29 de Junho de 2006

30 anos de Autonomia em colecção de 12 livros

Com a devida vénia ao Jornal da Madeira

A colecção foi apresentada no Salão Nobre do Governo Regional, hoje dia 29, com a presença do presidente do Executivo madeirense. Nos 12 volumes, estão representadas as obras efectuadas ao longo de trinta anos de autonomia.

13_43112.jpg

 

Nesta quinta-feira, foi apresentada a colecção da obra “30 Anos de Autonomia — Desenvolvimento — Equipamentos e Obras Públicas e Privadas — 1976/2006 Res Non Verba (actos e não palavras)”. Trata-se de uma compilação das principais obras operadas na Madeira desde que se tornou Região Autónoma. A obra, da responsabilidade do Governo Regional, através da Secretaria Regional dos Recursos Humanos, conta com 12 volumes. Essencialmente, trata-se de uma compilação fotográfica que demonstra o desenvolvimento regional a vários níveis, ao longo de trinta anos. Assim, como refere a nota informativa enviada à nossa redacção, “trata-se de um importante documento para o conhecimento da evolução da Região Autónoma da Madeira ao longo dos últimos 30 anos, com a Autonomia Política”.

O secretário regional dos Recursos Humanos disse ao JM que com este livro “procurou-se constituir um testemunho do trabalho feito ao longo destes anos”. Assim, na colecção estão representadas todas as obras com o cunho do Governo Regional nas várias áreas, e ainda alguns dos investimentos privados de maior importância para a Região. Como sublinhou Brazão de Castro, a colecção é “um testemunho muito importante para se constatar todo o trabalho que tem sido feito pela Autonomia Regional, em prol desta terra, dos madeirenses e da melhoria das suas condições de vida”.

A apresentação do livro “Res Non Verba (actos e não palavras)”, foi às 12 horas , no Salão Nobre do Governo. O presidente do Executivo madeirense esteve presente neste evento. Esta edição, que será posta à venda, conta com 1.500 exemplares. Com uma encadernação de qualidade, a colecção conta com uma capa de protecção e de suporte dos 12 volumes. A elaboração desta obra foi coordenada por João Afonso Almeida, Jorge Luís Pereira e Rui Agostinho Fernandes.

Paula Abreu

publicado por João Carvalho Fernandes às 19:50
link | comentar | favorito

Taninha - Digital Photographer

Um blog com excelentes fotografias, de autoria de uma madeirense.

Vale a pena a visita!

Taninha - Digital Photographer

TaniaFreitas.jpg

 

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 10:00
link | comentar | ver comentários (2) | favorito
Terça-feira, 27 de Junho de 2006

Centenas de pontes e túneis a 13 milhões ao quilómetro

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

dn0401530101.jpg

 

É o maior investimento da história da Madeira. Iniciado em 1989 com a construção da via rápida para a Ribeira Brava e Machico, que se completou no ano 2000, desde então foram construídos 108 quilómetros de vias rápidas e expresso, estando em execução os restantes 27,5 km de uma rede que terá 135,7 km de extensão. Resultando de um investimento de 1.814,6 milhões de euros, as novas vias da Madeira foram construídas graças a uma opção de engenharia que levou à construção de 135 pontes e viadutos e mais de cem túneis, estruturas que, naturalmente, para além da sua complexidade e elevado custo, têm agora encargos de manutenção exigentes.

A título de curiosidade, a obra mais cara foi, naturalmente, a ligação entre a Ribeira Brava e Machico (600 milhões de euros), embora o túnel da Encumeada tenha sido o mais oneroso, pois custou cerca de 26 milhões de euros por quilómetro (80 milhões), o que, a par da construção do troço Machico/Caniçal (156 milhões), se tornaram nas obras mais caras, por quilómetro.De entre as obras de arte construídas, destaque-se a ponte dos Socorridos, com o seu vão principal de 106 metros e pilares que atingem os 120 metros de altura, bem como a ponte de João Gomes, com um vão principal de 125 metros e altura de 140 metros, estruturas que integram a via rápida Ribeira Brava/Machico que foi implantada graças à diversidade das soluções estruturais e do significativo número de obras de arte especiais, que no seu conjunto representam cerca de 46% da mesma.

Na via entre Machico e o Caniçal foi construído o maior túnel duplo de Portugal, com 2.100 metros, embora na Região existam túneis com maior comprimento, como é o caso da Encumeada (3.080 metros) e do Faial/Cortado, com 3.167 metros. Na zona Oeste encontra-se a ponte da Ribeira Funda, com a particularidade de ser a que tem maior vão central (135 metros), uma extensão de 279,5 metros e uma altura a meio vão de 110 metros.

Tal como explicamos na página 7 e demonstramos na infografia que apresentamos nestas páginas, as duas empresas responsáveis pela exploração e manutenção da rede viária estão a trabalhar nos 128 km já prontos, estando por acertar a quem competirá a manutenção dos novos troços em construção, casos da ligação entre os Prazeres e a Ponta do Pargo, bem como entre São Jorge e São Vicente, acerto que fará disparar os encargos.Jorge Pereira, o administrador-delegado das duas empresas com responsabilidades na exploração e manutenção das vias rápidas e expresso, revela ao jornalista que "a concessão da Vialitoral é cheia de particularidades e especificidades pois trata-se de uma via rápida com 44 km de extensão, dos quais 15 em túnel e sete em ponte ou viaduto, ou seja, apenas 50% é traçado corrente de plena via".

REPARAÇÕES FEITAS A CADA 7 MILHÕES DE VEÍCULOS

Deste modo, "posso dizer que, comprovando-se deficiências de conservação, as grandes reparações do pavimento estão previstas no modelo em função do tráfego, mais precisamente, a cada passagem de 7 milhões de veículos pesados".Não obstante, destaca ainda o engenheiro, "no âmbito da manutenção corrente do pavimento e/ou de reparações ao abrigo das garantias de boa construção, numerosas intervenções têm tido lugar para assegurar os critérios de bom estado global dos pavimentos medidos por coeficientes de resistência ao deslizamento, regularidade superficial, fissuração e assentamentos.No modelo da Vialitoral, tal como noutras concessões nacionais, estas grandes reparações são complementadas por acções periódicas de tratamento superficial da camada de desgaste do pavimento, denominadas de "chip seal", previstas a cada 7 anos".

VISTORIAS ANUAIS E A CADA 5 ANOS

Naturalmente que a manutenção de tão elevado número de pontes, túneis e viadutos torna esta concessão um caso singular, com Jorge Pereira a realçar isso mesmo: "As obras de arte (pontes e viadutos) sofrem inspecções de rotina todos os anos e inspecções principais a cada 5 anos. Em função das observações, são programados os trabalhos a fazer que cobrem tudo, começando na estrutura propriamente dita (fendilhamento, assentamentos, etc.) e indo até ao seu equipamento (juntas, aparelhos de apoio, etc.). Nos túneis, garantimos o funcionamento da iluminação, ventilação, CCTV, equipamento de combate a incêndios, sinalização cruz/seta, painéis de mensagens variáveis, galerias de emergência, etc..

As paredes dos túneis são pintadas quando se justifica, em princípio, uma vez a cada 5 anos". A nosso pedido, o administrador-delegado da Viaexpresso e Vialitoral realça, no plano dos investimentos, o que foi feito: "Gestão interligada dos túneis do Cortado e da Encumeada, a recuperação praticamente integral dos sistemas de iluminação, do equipamento de controlo da ventilação dos túneis, das guardas metálicas de segurança, a limpeza, incluindo pintura de hasteais, a nova sinalização de ocorrências, as reparações das estruturas de emboquilhamento dos túneis danificadas por "quebradas".

Só no troço associado São Vicente-Porto Moniz estão quase permanentemente três pessoas com meios mecânicos a varrer e a limpar o que vai caindo e, como é sabido, de vez em quando são necessários muitos mais. A muito curto prazo, para além do sistema de controlo e vigilância de que já falámos, começaremos a reparar os pavimentos precisamente pelos troços associados e, até ao final do ano, iniciaremos as obras de construção da sede e do futuro centro de controlo, seguindo-se os centros de assistência e manutenção".

SINISTRALIDADE DIMINUIU

Grande aposta das concessionárias tem sido a segurança viária, preocupação que é expressa num conjunto de indicadores que provam, com evidente satisfação para Jorge Pereira, que a sinistralidade tem vindo a diminuir."Em 2005, tivemos 960 acidentes na Vialitoral de que resultaram 135 sinistrados. A sinistralidade é normalmente medida pelo número de sinistrados por cada mil milhões de veículos x km. A sua evolução tem vindo a diminuir, fixando-se em 24,02 em 2005, o mais baixo de sempre, abaixo da generalidade das concessões nacionais".

Um dos dados a ter em conta, também, diz respeito ao número de veículos que circulam por dia na via rápida, com a entrada de dezassete mil através da Ribeira Brava e um número superior a circular entre Santa Cruz e Machico, com ligação ao aeroporto, número que no troço entre Santo António e o Pinheiro Grande, na Cancela, varia entre os quarenta e os 56 mil veículos dia.Dados a que tivemos acesso dão conta de que, em 2005, a Vialitoral, por exemplo, tinha efectuado o reboque a 4.404 veículos, retirado 98 viaturas abandonadas e detectado 360 veículos parados indevidamente na via. Resta acrescentar que trabalham com contrato directo com a Vialitoral cerca de 30 pessoas e um pouco menos na Viaexpresso, já que "é filosofia destas a subcontratação, pelo que a maior parte do trabalho resulta de prestações de serviço contratadas externamente, sobretudo na área das obras, patrulhamento e assistência permanente, iluminação, ventilação, limpeza, conservação de verdes, consultorias diversas, etc.", destaca, por fim, Jorge Pereira.

Miguel Torres Cunha

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 17:01
link | comentar | ver comentários (7) | favorito
Segunda-feira, 26 de Junho de 2006

Machico recriou Mercado Medieval

Com a devida vénia ao Jornal da Madeira

Aula de História ao vivo

A iniciativa da Escola Básica e Secundária de Machico arrancou com a chegada de Tristão Vaz Teixeira à baía, após se ter deslocado ao Funchal, onde comprou escravos para o cultivo da cana-de-açúcar. Desembarcou da nau “Santa Maria”, na companhia da esposa, Branca Teixeira. Seguiu-se o cortejo, que envolveu cerca de 300 figurantes, até à Praça do Município, onde decorria o Mercado Medieval. Este evento, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Machico, Emanuel Gomes, poderá ser o primeiro passo de uma iniciativa cultural de grande valia para o concelho. Na opinião da professora Dalila Ornelas, o Mercado Medieval é, sobretudo, «uma aula de História ao vivo».

16_42338.jpg

 

João Gonçalves Zarco foi o comandante da expedição que, ao serviço do Infante D. Henrique, “descobriu” o Porto Santo, em 1418, e a Madeira, em 1419. Nesta viagem, fez-se acompanhar por Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo. Apesar de o Porto Santo ter sido descoberto antes da Madeira, a verdade é que foi esta a primeira das ilhas a ser povoada, isto porque a primeira tentativa de povoar a “ilha dourada” não resultou, devido à aridez do solo. A responsabilidade de povoar a ilha da Madeira, na capitania de Machico, ficou a cargo de Tristão Vaz Teixeira, com carta de doação de 1440. Fixou-se em Machico, tendo casado com Branca Teixeira e deixado numerosa descendência, hoje largamente espalhada pelo arquipélago.

Para que os madeirenses, e, sobretudo, a população da cidade de Machico, fique a conhecer melhor um pouco da sua história, a Escola Básica e Secundária de Machico organizou o Mercado Medieval, uma recriação do século XV, tendo como protagonista Tristão Vaz Teixeira (personagem a cargo do professor Pedro Correia). A iniciativa, que decorreu no passado dia 9, contou com o apoio da Câmara Municipal de Machico, envolvendo professores, alunos, encarregados de educação e funcionários da escola.

O evento arrancou com a chegada do navegador à baía de Machico, após se ter deslocado ao Funchal, onde comprou escravos para o cultivo da cana-de-açúcar. Desembarcou da nau “Santa Maria”, na companhia da esposa, Branca Teixeira (Dalila Ornelas, também docente). Só o “desembarque” envolveu um total de 97 pessoas. Seguiu-se o cortejo, que contou com cerca de 300 figurantes, até à Praça do Município, onde decorria o Mercado Medieval. Quinze barracas comercializavam produtos como legumes, peixe, carne, fruta, compotas, formas de açúcar, entre outros.

Estavam ainda patentes pequenas demonstrações de serviços como o de sapateiro, ferreiro ou oleiro. Esta iniciativa, organizada pela Escola Básica e Secundária de Machico, com o apoio da autarquia local, foi aplaudida por largas centenas de pessoas. Segundo a professora Raquel Gonçalves, uma das responsáveis pela organização do evento, esta acção surgiu no âmbito da Área de Projecto, explicando que a ideia era fazer «uma actividade para a comunidade», e, neste contexto, «o professor Alexandre Pacheco pensou numa feira medieval». A responsável salientou à “Olhar”, no dia do espectáculo, que «existem alguns testemunhos que apontam que realmente tenha acontecido um mercado no Largo da igreja matriz de Machico», espaço que actualmente acolhe a estátua de Tristão Vaz Teixeira.

Quanto à recriação do desembarque, Raquel Gonçalves lembrou que Tristão, «mais conhecido por Tristão das Damas», fazia inúmeras viagens à capitania do Funchal, onde tratava de negócios, nomeadamente da compra de escravos para a cultura da cana-de-açúcar. De referir que também a elaboração dos trajes ficou a cargo dos professores da escola, que «foram incansáveis» para dar vida a este projecto. Pedro Correia, que interpretou o papel do colonizador, considerou que o Mercado Medieval «é uma excelente ideia», salientando que «Tristão Vaz Teixeira fez muita coisa boa pela capitania de Machico e merece ser recordado».

Na opinião de Dalila Ornelas, esta iniciativa é «uma aula de estudo ao vivo», porque, para além de “repor” alguns factos históricos, serve também de incentivo para que as pessoas e, sobretudo os alunos, se interessem mais pela história de Machico. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Machico, Emanuel Gomes, considerou a iniciativa brilhante, anunciando que a edilidade está disponível para apoiar a continuidade deste projecto. «Se houver garantia de que o evento mantém esta qualidade e este nível de participação, julgo que temos aqui um cartaz com muito valor», disse o autarca, acrescentando que tudo fará para que este seja «o primeiro passo de uma iniciativa cultural de muita valia». Refira-se que a iniciativa da Escola Básica e Secundária de Machico não só atraiu a curiosidade da população local como também de muitos turistas, que registaram os momentos históricos.

Odília Gouveia

publicado por João Carvalho Fernandes às 09:41
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Sexta-feira, 23 de Junho de 2006

MADEIRA BALLOONVISION

MADEIRA172.jpg

 

Grupos de até 30 pessoas voando a uma altitude de 150 metros, para 15 minutos de voo

Mais informações em Madeira Balloon

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 12:31
link | comentar | ver comentários (4) | favorito

PISCINAS PORTO MONIZ

MADEIRA173.jpg

 

publicado por João Carvalho Fernandes às 00:19
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Quarta-feira, 21 de Junho de 2006

Museu Etnográfico da Madeira celebra 10.º aniversário

Com a devida vénia ao Jornal da Madeira

Quotidiano dos tempos idos “vive” na Ribeira Brava

No Museu Etnográfico, na Ribeira Brava, os mais novos podem aprender como eram os tempos árduos dos nossos avós e bisavós, nos trabalhos agrícolas, por exemplo. Podem visitar o passado, olhando com respeito e admiração para as diversas peças e utensílios rudimentares que vivem nas salas de um edifício que, em tempos idos, foi uma casa solarenga (no século XVIII) e depois foi convertido numa unidade industrial, com um engenho de cana-de-açúcar (século XIX). Ali, os mais velhos podem recordar o que muitos viveram há alguns anos atrás e reconhecer, nos utensílios, “a culpa” pelas linhas ásperas gravadas nas suas mãos por, eles próprios, terem desempenhado alguns dos ofícios ali representados.

16_41745.jpg

 

A 15 de Junho de 1996 nascia o Museu Etnográfico da Madeira, um espaço que reúne e preserva as tradições do povo madeirense que se foram perdendo nos meandros do tempo, no caminhar do desenvolvimento ou entre uma e outra geração. Ali, na Ribeira Brava, os mais novos podem aprender como eram os tempos árduos dos nossos avós e bisavós, nos trabalhos agrícolas, por exemplo. Podem visitar o passado, olhando com respeito e admiração para as diversas peças e utensílios rudimentares que vivem nas salas de um edifício que, em tempos idos, foi uma casa solarenga (no século XVIII) e depois foi convertido numa unidade industrial, com um engenho de cana-de-açúcar (século XIX). Ou seja, a própria estrutura “fala” por si, sendo um testemunho da arquitectura e do património industrial madeirense. Como dizíamos, os novos podem aprender muito.

Mas os mais velhos podem recordar o que muitos viveram há alguns anos atrás e reconhecer, nos utensílios, “a culpa” pelas linhas ásperas gravadas nas suas mãos por, eles próprios, terem desempenhado alguns dos ofícios ali representados. Os tempos idos já lá vão, mas as memórias continuam bem guardadas no museu, para que não nos esquecemos quem fomos. Como nos refere Lídia Goes Ferreira, directora do museu, dentro do público em geral, os idosos gostam especialmente de visitar o espaço, “porque conta a sua história, a história de todos nós mas que, no caso deles, é também uma forma de relembrarem o quotidiano dos tempos antigos”. Os mais novos, por sua vez, têm a oportunidade de conhecer como foi o passado dos pais e dos avós. Há evidentemente, esse interesse acrescentado atendendo ao tipo de colecções que temos no Museu”.

5.329 visitantes de Janeiro a Maio

Este ano, de Janeiro a Maio, o Museu registou a entrada de 5.329 visitantes. Desse número, 4.267 foram visitas orientadas pelos serviços educativos. O facto da maioria das pessoas que visitaram o museu ter sido acompanhada pelos serviços educativos “é excelente”, acrescenta a responsável. Isso porque “vem servir um dos nossos objectivos principais, que é o de trabalhar com e para a comunidade, o que inclui jovens, idosos e vários tipos de público”. Em relação aos restantes visitantes do total de 5.329, referem-se a entradas individuais de turistas e madeirenses, apontou ainda.

Do ponto de vista de Lídia Goes Ferreira, os jovens estão mais receptivos às unidades museológicas. “No nosso caso concreto, sentimos que há mais jovens a nos visitar e, inclusivamente, trabalham activamente com o museu nas actividades que desenvolvemos. Notamos que eles gostam muito não só do nosso acervo e das exposições, mas também das nossas actividades. Penso que este tipo de público é cativado através de iniciativas específicas para o chamar mais ao museu. É isso que os Serviços Educativos têm feito ao longo do tempo e tem resultado sem dúvida alguma”. Este serviço do museu acaba por ser “um mediador entre o público e o significado daquilo que é exposto”, tentando proporcionar aos visitantes, especialmente os mais novos, “uma leitura adequada e frutífera da informação que se pretende transmitir”.

Da parte dos utentes em geral, os comentários ao exposto têm sido positivos. “Temos fichas de avaliação e um livro de honra onde as pessoas deixam a sua impressão sobre o museu. Até agora, temos tido as melhores observações em relação ao Museu”, revela. Mostrar aos visitantes um ofício ao vivo é um atractivo deste espaço museológico. Maria da Conceição Pereira trabalha no Museu Etnográfico desde o dia da abertura. É tecelã. Faz tapetes, cobertas, colchas finas com lã e cortinados com linho. Quem visita a unidade museológica não fica indiferente ao funcionamento do tear. As pessoas costumam parar à volta do instrumento rudimentar e observar Maria da Conceição Pereira enquanto esta tece.

Trabalhar no museu é gratificante

A trabalhar no Museu Etnográfico desde a sua abertura, Lídia Goes Ferreira diz que o projecto tem sido aliciante e gratificante. “Sou antropóloga e nem toda a gente tem a felicidade de trabalhar na sua área, porque há um mercado de emprego muito restrito. Isso acontece em parte porque não se conhece as potencialidades deste ramo das Ciências Sociais e, portanto, para mim é um privilégio trabalhar naquilo que eu me formei e naquilo que eu gosto”, salienta. Em relação à sua experiência à frente do museu, diz que é “muito gratificante poder dirigir esta instituição atendendo a que é a única unidade museológica oficial que existe na Região, com esta vocação”. O balanço que faz a esta primeira década é bastante positivo, sublinha.

“A comunidade tem correspondido cada vez mais, ao contrário do que acontece em certas instituições em que há um grande impacto no primeiro, segundo ou terceiro ano e, depois, uma vez que as pessoas já conhecem a exposição permanente, as visitas diminuem. Até agora, isso não tem acontecido com o Museu Etnográfico. Felizmente, o público — e principalmente os madeirenses — continua a visitar o Museu e a participar nas nossas actividades”, enalteceu ainda. Esta unidade museológica recebe apoios financeiros, logísticos e técnicos, e um grande incentivo por parte da Secretaria Regional do Turismo e Cultura e da Direcção Regional dos Assuntos Culturais, que tutelam a instituição.

Para além disso, “pode até haver poucos recursos humanos ou financeiros, mas desde que haja boa-vontade e essencialmente que se goste daquilo que se faz, consegue-se desenvolver sempre actividades. Por exemplo, as comemorações deste aniversário devem-se a uma grande boa-vontade por parte dos grupos e elementos que vão colaborar nas iniciativas e ao apoio da Câmara Municipal da Ribeira Brava”, destaca. De referir que o programa comemorativo do 10.º aniversário aposta na música tradicional, no que se refere à apresentação e fabricação dos instrumentos musicais tradicionais e com dez espectáculos musicais, sob o título de “Dez Anos, Dez Espectáculos”, como foi divulgado na edição do JM, da passada quinta-feira.

Moradia, indústria e museu

Uma casa é muito mais que uma simples construção. Abriga pessoas, famílias, peças criadas pelo homem. A própria estrutura física guarda na sua construção a história. É isso que acontece com o Museu Etnográfico da Madeira, um edifício que se começou a contar no início do séc. XVII, altura em que era da pertença do Convento de Santa Clara do Funchal. Era uma casa térrea na antiga Rua da Bagaceira. Foi adquirida por Luís Gonçalves da Silva, capitão das ordenanças da Ribeira Brava, que casou em 1682 com D. Antónia Meneses. A casa foi ampliada, tendo crescido um piso e, na ilharga sul do prédio, o proprietário mandou edificar em1710, uma capela dedicada ao patriarca São José, onde viria a ser sepultado. “

Ainda podemos observar, embora modificado, implantado no edifício onde se instala o Museu Etnográfico, o portal da referida ermida”, escreve Jorge Valdemar Guerra, no historial do museu. “Luís Gonçalves da Silva e a sua mulher, por disposição testamentária, efectuada em 1716, instituíram um vínculo perpétuo imposto na casa onde residiam, em diversas fazendas e na própria capela de São José, o qual seria somente abolido em 1860. Em 1853, José Maria Barreto, último administrador do vínculo de São José, converteu o arruinado solar numa unidade industrial, tendo para o efeito constituído uma sociedade com Jorge Oliveira. Foi então ali montado um engenho de moer cana-de-açúcar, de tracção animal e um alambique de destilação de aguardente.

Em 1862, a sociedade fabril, com um novo sócio, o Pe. António de Macedo Correia e Freitas, passou a utilizar energia hidráulica, instalando-se nesse ano, uma roda motriz de madeira, servida por uma levada e um engenho de moer cana com três cilindros de ferro horizontais. Em 1868, funcionavam naquela fábrica dois moinhos de cereais”. Jorge Valdemar Guerra escreve ainda que ao longo dos anos, foram ocorrendo sucessivas transacções das quotas da empresa e, finalmente, em 1974, os herdeiros de João Romão Teixeira, proprietários do edifício, venderam-no à Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal”. Anos mais tarde, o Governo Regional decidiu instalar no antigo engenho o Museu Etnográfico da Madeira, projectado pelo arquitecto João Francisco Caires, que teve a sensibilidade de preservar testemunhos da história do edifício, como é o caso da máquina de moer cana.

Paula Abreu

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 11:53
link | comentar | ver comentários (5) | favorito

PONTA GORDA

MADEIRA171.jpg

 

COMPLEXO BALNEAR DA PONTA GORDA - FUNCHAL

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 09:04
link | comentar | ver comentários (11) | favorito
Segunda-feira, 19 de Junho de 2006

FLOR

MADEIRA170.jpg

 

 

 

publicado por João Carvalho Fernandes às 11:02
link | comentar | ver comentários (2) | favorito

CLUBE NAVAL - FUNCHAL

MADEIRA169.jpg

 

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 00:40
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Domingo, 18 de Junho de 2006

12 anos que mudaram o Funchal

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

Fernão de Ornelas assumiu a presidência da Câmara do Funchal a 14 de Janeiro de 1935. À frente dos destinos da autarquia durante cerca de doze anos, foi responsável pelo grande plano de urbanização da cidade que viria a transformar a capital madeirense, conferindo-lhe modernidade.

dn020401_1.jpg

 

"A obra de Fernão de Ornelas na Presidência da Câmara Municipal do Funchal 1935-1946" é precisamente o título de uma tese de mestrado apresentada este ano na Universidade da Madeira pelo investigador Agostinho Lopes e que contou com a orientação do professor Rui Carita. Fernão de Ornelas, formado em Direito, considerado um dos melhores quadros intelectuais da ilha, nasceu em 1908, na freguesia de São Pedro. «Ainda durante o curso chamou a atenção pelas capacidades e pelas suas notas», diz o investigador. Em 1934 regressa à Madeira e, no ano seguinte, Salazar nomeia-o presidente da Câmara do Funchal. Para a escolha terá contribuído, segundo Agostinho Lopes, a influência de figuras como Avelino Quirino de Jesus e o coronel José Vicente de Freitas, que tinha sido governador da Madeira em 1915 e desempenhou funções de chefe do Governo e de ministro do Interior.

A nomeação surge após um período conturbado na governação camarária que pôs fim à liderança de Juvenal Raimundo de Vasconcelos. Luís da Rocha Machado, que o substitui, não consegue manter-se no cargo. A sua equipa demite-se 56 dias depois, deixando um conjunto de recomendações aos vindouros A Câmara atravessava graves dificuldades financeiras, desvio de fundos, ao ponto de serem vendidos prédios para fazer face à falência. Apesar da comparticipação do Estado para obras de utilidade pública, a situação agudizava-se. «Eram necessários todos os recursos para resolver os problemas, ao ponto de se falar na venda do camarote do teatro. Não se conseguia encontrar uma solução para equilibrar as contas do município».

Para perceber a entrada de Fernão de Ornelas é necessário perceber o contexto em que ocorre, acrescenta Agostinho Lopes. Conforme explica, nos anos que antecedem a sua presidência, a Madeira apresenta dificuldades. Vivem-se situações de crise, frequentemente noticiadas nos jornais regionais. A fome e a dependência do exterior vão gerando descontentamento, insatisfação, numa altura em que os sentimentos autonomistas ganham alguma força, não só na ilha, mas também nos Açores. As caricaturas publicadas no jornal humorístico "Re-Nhau-Nhau" ilustram as desigualdades sociais que existiam.

«É um período conturbado da História nacional, que atravessa os últimos anos da monarquia, a implantação da República, a ditadura militar e a afirmação do Estado Novo», recorda. No início do século, anos 20/30, o Funchal era ainda rural. «Como cidade apresentava algumas lacunas. Por exemplo, na Ribeira de Santa Luzia, junto à Câmara, ainda era possível observar galinhas que eram levadas em selhas pela manhã e ali passavam o dia. A zona mais citadina ficava compreendida entre Santa Maria Maior, Câmara Municipal e o cais. Não existiam grandes avenidas que permitissem a circulação entre os vários pontos da ilha», salienta.

Em 1935, coincidindo com a nomeação de Fernão de Ornelas, são substituídos em bloco os principais líderes dos organismos locais. Para a Junta Geral é nomeado João Abel de Freitas. «Nessa altura João Abel de Freitas e Fernão Ornelas trocam informações com o objectivo de tentar resolver os problemas sentidos pela população. No "Ofício-memorandum" - que constitui uma resposta da Câmara a uma carta da Junta Geral - apontam-se as principais necessidades que a ilha atravessava. Considera-se fundamental resolver as dificuldades económicas e afirma-se a necessidade de reforço financeiro.

Fernão de Ornelas chega à Câmara com um conjunto de ideias sólidas que, apoiadas por outros dirigentes políticos, parecem querer de imediato ganhar forma», explica Agostinho Lopes. Fernão de Ornelas conhece naturalmente a proposta de alteração da cidade apresentada por Ventura Terra. Este arquitecto, que caracterizou a moderna arquitectura portuguesa, tinha projectado um Funchal com largas avenidas e praças, que atendia ao seu crescimento e a um futuro ligado ao turismo. No referido memorando são estabelecidos doze pontos, as principais medidas que urge implementar. Considera-se necessário instalar convenientemente os vários serviços municipais para que funcionem correctamente. O calcetamento das ruas, a instalação de esgotos, a construção de fontanários, um mercado, um matadouro, bairros económicos e escolas são propostas então enunciadas.

Entre 1935/38 foram construídos cerca de 50 fontanários e estavam previstos outros 20. As ruas do Funchal encontravam-se em mau estado, com terra e lama, impróprias para a circulação de pessoas e de uma cidade turística. O calcetamento foi de imediato iniciado. Fernão de Ornelas previu que os trabalhos decorressem ao longo de seis anos e estipulou um plano que foi cumprido. Atendendo à quantidade de ruas abertas e aos alargamentos efectuados, não havia paralelepípedos suficientes e foi necessário trazê-los do continente. Posteriormente, para fazer face a este problema, mandou abrir uma pedreira em Câmara de Lobos.

«Aos poucos o Funchal foi apresentando um novo aspecto. O "Re-Nhau-Nhau" satirizava. Na tomada de posse de Fernão de Ornelas o jornal apresentava-o de triciclo, mais tarde de motociclo e depois de avião...» Atendendo a que as obras condicionavam temporariamente a circulação, planificou os chamados "roteiros turísticos" para que «os turistas não passassem nas ruas "menos aconselháveis" e ficassem com uma boa imagem» da cidade. O lançamento de esgotos surge em força. Planifica-se um mercado de frutas, flores e peixe. Foram efectuados estudos para saber qual a melhor localização, salvaguardando a higiene pública «que na altura era uma fonte de preocupação. A construção do Mercado dos Lavradores e do matadouro foi decidida na mesma reunião camarária e foram inaugurados no mesmo dia». Inicia-se um plano de grandes construções escolares para o Ensino Primário e até o actual Liceu, numa altura em que as escolas funcionavam em casas arrendadas, muitas vezes sem condições para a prática lectiva.

A Escola Salazar, situada no Ilhéus, é deste período e vai constituir o estabelecimento modelo. Em simultâneo, assiste-se também à construção de bairros económicos como Santa Maria Maior, Madalenas, São Gonçalo, Ajuda, São Martinho, Louros e a urbanização dos Ilhéus. A Câmara publica várias posturas para regulamentar diversos sectores. No âmbito da higiene pública, proíbe cuspir no chão, manda pintar as casas a uma só cor, disciplina a circulação de animais no centro do Funchal e o transporte de canas que deixavam as ruas num estado lastimável. «Surgem regulamentações em todas as áreas - com o objectivo de organizar os vários sectores do município - e quem não as cumprisse sujeitava-se ao pagamento de multas», destaca o investigador.

É deste período a construção da Praça do Município tal como a conhecemos hoje. O projecto é do arquitecto urbanista Faria da Costa, que trabalha com Fernão de Ornelas e é responsável por um conjunto de grandes obras no Funchal. «Ali existia o Liceu e vários edifícios, incluindo o Palácio Torre Bela. Alguns foram alterados e outros deitados abaixo, para a construção de uma das ruas». Raul Lino é outro dos arquitectos portugueses que intervém na cidade. Foi o responsável pelo projecto da fonte ali edificada. A Praça do Município transforma-se segundo os ideais de desenvolvimento da época, obedecendo a um plano de construção de uma cidade mais moderna, mais aberta, com uma nova funcionalidade, organizada, também ao jeito do Estado Novo.

Foi durante a gestão de Fernão de Ornelas que foram trasladados os corpos do antigo Cemitério das Angústias para o de São Martinho. A zona que integrava as quintas Bianchi, Pavão, Angústias foi também transformada e decorreram as negociações e os projectos para a construção do Parque de Santa Catarina. «São projectadas, e em alguns casos edificadas, obras como centros de saúde, a cadeia, o Aquário do Museu Municipal, o edifício do Banco de Portugal, o Casino da Madeira, a Avenida do Mar e do Infante. São feitos grandes investimentos no montado do Pisão e do Barreiro, procede-se à distribuição de luz eléctrica, à instalação de cabos telefónicos e de sinalização luminosa, à organização do comércio e da indústria e à edição de publicações literárias».

A Avenida do Mar e a do Infante são fundamentais para a abertura da cidade. «Para permitir circular facilmente surgem largas avenidas com passeios de ambos os lados, dando a ideia de maior urbanidade». Foram muitas as obras realizadas durante os 12 anos da presidência deste autarca. Algumas foram concluídas após o seu mandato, como a Rua dos Mercadores (actual Fernão de Ornelas), que dava acesso ao novo mercado. Em Janeiro de 1935, Fernão de Ornelas encontrou uma câmara falida. Numa primeira fase havia que pagar as dívidas que atingiam um valor considerável. Depois, era imperioso gerar receitas para que o plano que projectara para a cidade avançasse. No sentido de angariar receitas foram tomadas várias medidas.

«Recorreu a empréstimos bancários e cobrou impostos criteriosamente. Por exemplo, a Fábrica Hinton, que não pagava o imposto camarário há vários anos, foi obrigada a pagar 1000 contos, em 1936. Todos os que desempenhavam uma actividade comercial ou industrial estavam sujeitos a impostos, desde a vendedeira, ao leiteiro, à Fábrica Hinton. Foi uma gestão criteriosa dos recursos da Câmara que conseguiu ir buscar, a todos os escalões, um conjunto de pagamentos. A determinada altura o "Re-Nhau-Nhau" escreve em jeito de brincadeira: «pagar sim, mas devagar...» As mudanças implementadas não foram pacíficas. As obras na cidade implicavam derrubar, cortar edifícios, esquecer interesses particulares. Algumas expropriações foram amigáveis, como, por exemplo, as da zona do mercado, mas muitas outras foram executadas por via judicial, o que gerou divergências.

«A determinada altura o somatório dessas situações de contestação deixa de ser pontual para partir de grupos organizados e aumentar as forças de reacção. Mexer com hábitos, ideias instituídas, interesses de privados não foi tarefa fácil». Conforme refere Agostinho Lopes, «podemos dizer que era uma utopia de construção, de uma cidade moderna, que se radicava na luta entre antigos e modernos. A modernização que era preciso fazer - tentando não chocar com os interesses de uns, e fazendo com que as reacções não impedissem o progresso - era difícil de conseguir». A situação é evidente em 1945, aquando da saída de um dos vereadores, por razões pessoais. Na sua carta de despedida admite que a administração de Fernão de Ornelas luta com dificuldades de vária ordem e com «uma campanha surda e inconcebível, sendo tanto mais para lamentar quando ela parte de indivíduos que deviam servir a mesma causa nacional», cita o investigador.

«Esta carta clarifica o que está implícito ao longo da consulta de todas as actas da câmara durante a sua governação. É uma prova fundamental que Fernão Ornelas recebe apoio pelo que faz, mas também contestação. As expropriações são um problema e vão levar a divergências e à sua saída». Ao longo do mandato surgem dificuldades entre a Câmara Municipal e outras instituições que tutelavam áreas onde a autarquia pretendia intervir, nomeadamente com a Junta dos Portos.

Os desentendimentos motivaram a intervenção do governador civil e, na perspectiva de Agostinho Lopes, podem constituir mais uma das razões que levam à destituição de Fernão de Ornelas. Em 1946, por parte do Tribunal de Contas, surge também uma reacção inesperada, ao decidir repetir a inspecção às contas da câmara relativas a 1944. Colocou-as em causa, quando já tinham sido aprovadas e merecido elogios. «Não sei se é completamente inocente. A inspecção veio aumentar a agitação, a instabilidade e fazer com que fossem levantadas mais questões sobre a gestão camarária».

Ainda em 1946, um grupo de apoiantes do presidente considerou que Fernão de Ornelas merecia um jantar de homenagem pelo seu trabalho em prol da transformação do Funchal. A iniciativa, que teve lugar a 5 de Outubro, no Hotel Savoy, acabou por se transformar na gota de água que levaria à sua demissão. A presença, ou não, do governador no jantar transformou-se numa questão política. Nomeado em 1946, para mais um mandato de quatro anos, Fernão de Ornelas, na sequência dos desentendimentos com o governador, recebe uma carta de Daniel Vieira Barbosa que prepara o caminho para a sua saída:

«Não é fácil para mim, senhor presidente da Câmara do Funchal, distinguir a dignidade da minha pessoa da dignidade das funções que estou investido e sendo assim, compreende Vossa Excia, dispenso a sua colaboração. De facto e pelo que me diz respeito não pretenderia manter num lugar de confiança uma pessoa que deixou de ma merecer», escreve o governador. Fernão de Ornelas não assume a sua demissão. Numa reunião extraordinária responde: «…nada, absolutamente nada, me pode levar em consciência a pedir a demissão. Entretanto disponho tudo para entregar quando Vossa Excelência o determine as funções de presidente da Câmara do Funchal».

Na sequência dos acontecimentos, a vereação considerou que não havia condições para continuar e solidarizando-se com o seu presidente solicitou ao governador, em acto contínuo, que desse por terminado o seu mandato. Óscar Baltazar Gonçalves foi quem sucedeu a Fernão de Ornelas, a 8 de Maio de 1947. Coube ao Professor João Rafael Basto Machado, vice de Fernão de Ornelas, assegurar as funções até à tomada de posse.

Teresa Florença

publicado por João Carvalho Fernandes às 09:45
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 16 de Junho de 2006

“Madeira Natura” cativa

Com a devida vénia ao Jornal da Madeira

Até domingo, o Jardim Municipal do Funchal transformou-se num espaço de meditação e da realização de iniciativas com vista a hábitos de vida saudáveis. 14 “stands” mostram as suas sugestões.

14_42232.jpg

O Jardim Municipal do Funchal recebe, desde ontem e até domingo, a II Feira Madeira Natura, organizada pelo Centro de Yoga e Meditação Ananda Marga. No âmbito desta iniciativa, e como explicou David Aveiro, da organização, decorreram no dia de ontem aulas de yoga, uma palestra sobre “Energia e Conforto em Edifícios: Soluções Sustentáveis”, com Filipe Oliveira, e ainda outra conferência sobre “Alimentação Vegetariana Para Bebés e Crianças”, por Tânia Adão, da Ananda Marga. Entre outras acções, decorreu ainda uma peça de teatro, “O Planeta dos 3 R's”, com o GRUTCAPE.

David Aveiro salientou que o objectivo foi o de criar um programa com várias actividades relacionadas com os quatro vectores principais da feira, nomeadamente alimentação vegetariana, terapias alternativas, agricultura biológica ou educação ambiental e estilo de vida holístico. O voluntário salientou que, no ano passado, a aceitação à feira foi bastante positiva, por parte da população em geral. Este ano, espera-se uma procura maior. “Começa a haver um despertar”. No seu entendimento, os madeirenses estão cada vez mais conscientes da importância de um estilo de vida saudável, daí que procurem alternativas aos seus hábitos. A propósito, uma das preocupações da organização foi ter um espaço para refeições vegetarianas.

Ao todo, 14 “stands” ocuparam o Jardim para mostrar aos madeirenses e visitantes formas de viver mais saudáveis. Em síntese, até domingo, o Jardim Municipal acolhe diversas iniciativas como palestras, aulas de yoga, actividades para os mais pequenos, ateliers com reutilização de materiais usados, demonstrações de karaté e dança do ventre. Paula Abreu

publicado por João Carvalho Fernandes às 10:01
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Quinta-feira, 15 de Junho de 2006

VENDEDORAS DE FLORES - FUNCHAL

MADEIRA168.jpg

 

publicado por João Carvalho Fernandes às 21:59
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Segunda-feira, 12 de Junho de 2006

MONTE: Carreiros com instalações e percursos mais curtos

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

A Secretaria Regional do Turismo espera lançar ainda este ano o concurso para adjudicação da obra da estação de apoio aos carreiros do Monte. A garantia foi dada na última semana, ao DIÁRIO, pelo director regional do Turismo, Dinarte Camacho. 

dq010104.jpg

 

Integrada na iniciativa denominada por "Revitalização Turística do Núcleo Histórico da Freguesia do Monte", a "Central de Apoio aos Carreiros do Monte" deverá localizar-se, de acordo com o presidente da Junta de Freguesia local, José Rodrigues, nas imediações do Caminho de Ferro, abaixo dos reservatórios de água, e vai acolher um café-esplanada, uma praça de táxis e espaços destinados ao estacionamento de autocarros. Com este investimento orçado em cerca de 400 mil euros, o Governo Regional pretende acabar com o caos no percurso junto ao Livramento. A estratégia agrada à oposição, cujas críticas se centram apenas na «demora em avançar» com o projecto.

«Este é um assunto que tem de ser visto com urgência. Aquilo mais parece um mercado de Terceiro Mundo. Há certas praças marroquinas com melhor impacto visual», critica Gabriel Oliveira, membro da Assembleia de Freguesia do Monte, queixando-se da confusão causada pela forma desordenada com que estacionam os autocarros e os táxis, na zona do Livramento.

CARREIROS ENCURTAM PERCURSO MAS MANTÊM OS PREÇOS

Bastante satisfeitos com o projecto para a construção da central de apoio, os carreiros do Monte temem agora que o encurtamento do percurso possa desmotivar os turistas. Norberto Gouveia, responsável pela gestão deste negócio, adianta que vai manter o preço das viagens em 12,5 euros, embora o «passeio» vá encurtar dos 2 Km para menos de 1,5 Km. Actualmente, os carreiros dispõem de 87 carros de cesto em serviço, mas o facto de não terem um local de recolha obriga a uma manutenção frequente - custos que vão ser reduzidos com a construção da central de apoio.

«Os carros ficam à chuva e isso desgasta muito. Com as novas instalações, o conforto será maior para todos», refere Norberto Gouveia. A mesma opinião têm os profissionais deste sector. Para José Mendonça, por exemplo, as novas instalações vão por fim «à confusão do Livramento» e assegurar mais segurança aos turistas. «É mais seguro e dá outra imagem ao sector», declara o carreiro para quem o investimento traduz, finalmente, o interesse das entidades competentes por uma tradição «única do Monte».

Patrícia Gaspar

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 12:51
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Sexta-feira, 9 de Junho de 2006

REID'S PALACE HOTEL

MADEIRA167.jpg

 

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 02:52
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Terça-feira, 6 de Junho de 2006

Novos desafios para o "velho" Dodge

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

O velho Dodge Brothers de 20 lugares que em outros tempos fazia viagens entre o Funchal e Câmara de Lobos, e também a carreira dos Barreiros, regressou à estrada. 

dn020701.jpg

 

Hoje, com 73 anos, totalmente reconstruído, rivaliza com os mais recentes modelos, não pela velocidade que possa atingir, mas pelo seu estilo inconfundível. Causa sensação por onde passa. Um passeio até ao Porto do Funchal para a reportagem fotográfica, confirma a atracção e a curiosidade que suscita a quem o vê. A paixão por carros antigos levou João Menezes a apostar na sua recuperação, apesar de admitir que comprar um autocarro há 30 anos era «uma maluquice, mas até achei piada...»

A atitude salvou a velha máquina - que já não respondia às novas exigências do quotidiano - da sucata ou do fundo do mar, como acontecia na altura. A I Guerra Mundial trouxe mudanças. Os autocarros a gasolina foram abandonados, suplantados pelos veículos movidos a gasóleo. O pesado de passageiros deixou de fazer viagens há mais de 40 anos. Pertenceu, em primeira mão, à Companhia de Autocarros de Câmara de Lobos, mas «deve ter estado ao serviço durante pouco tempo».

Depois, passou a integrar a empresa Rodoeste, «mas nunca chegou a circular por esta companhia», conta o actual proprietário. O destino que se seguiu foi o armazém da Rodoeste no Ribeiro Seco, (ex-Vespas), onde permaneceu durante muitos anos até que em 1974 o transferiram para a garagem daquela empresa, no Campo da Barca, com o objectivo de ser abatido. «Passava muitas vezes por ali e via-o. Era o mais antigo entre os que ali estavam e gostei. Um dos sócios da companhia era meu vizinho e soube que o carro ia ser desmantelado».

Foi quando decidiu comprá-lo por 20 contos. João Menezes recorda que desde o primeiro dia pensou em recuperá-lo. O automóvel foi fabricado nos Estados Unidos pela Dodge Brothers Motor Vehicle Company, uma empresa constituída em 1914 por John Dodge e Horace Dodge, cuja reputação assentou na construção de veículos com durabilidade, e que em 1928 integrou a Chrysler Corporation. «Só os chassis, o motor, ou seja a mecânica, pertenciam à Dodge. A carroçaria era feita na Madeira pois as empresas de transporte que existiam na ilha tinham os seus carroçadores», explica João Menezes.

Na reconstrução da actual carroçaria, toda em madeira, trabalhou RuiVieira, bate-chapas e ex- ajudante de antigos carroçadores. Os trabalhos decorreram durante os fins de semana e à noite e prolongaram-se por cinco anos. Quanto à mecânica, a maioria das peças necessárias foram mandadas fazer no Norte de Portugal. O processo não foi fácil. O motor esteve na oficina Leacok para reparações, atravessou o período de encerramento daquela empresa, e perderam-se peças. «Comprei um camião em Espanha para aproveitar algum material», acrescenta.

O trabalho de montagem foi da responsabilidade do eng. Alfredo Pereira e do Nelson Rodrigues. Os acertos finais foram efectuados na empresa Horários do Funchal, sob a orientação do mestre Miguel Teixeira. Hoje, o pesado de passageiros, com a matrícula MA-16-94 conserva as cores da companhia de Câmara de Lobos. João Menezes é também proprietário de outros carros antigos, nomeadamente de uma Mercedes 319, de 20 lugares.

No momento, conforme adianta, «a ideia é recuperar algo do investimento que tem sido feito». Nesse sentido está a criar uma empresa de animação turística e pretende utilizar o pequeno autocarro para fazer alguns percursos turísticos duas ou três vezes por semana. Uma das hipóteses é fazer um circuito entre a Pontinha e Câmara de Lobos, destinado aos turistas dos cruzeiros. «Vamos ver se resulta. A recuperação do Dodge Brothers é também a prova que um carro com mais de 70 anos, a andar ao lado de carros novos, vale a pena».

Teresa Florença (texto) / Agostinho Spínola (fotografia) « Voltar

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 10:04
link | comentar | ver comentários (9) | favorito
Segunda-feira, 5 de Junho de 2006

TIVOLI OCEAN PARK HOTEL

MADEIRA166.jpg

 

tags: ,
publicado por João Carvalho Fernandes às 10:00
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Domingo, 4 de Junho de 2006

Secretaria do Ambiente cria percursos de bicicleta nas serras

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

Portela, Paul da Serra e Fonte do Bispo são alguns dos locais que os madeirenses e turistas podem percorrer a pedal  

dn010103.jpg

Os madeirenses e turistas que sempre ambicionaram andar de bicicleta nas serras da Madeira, em breve, vão ter essa oportunidade. A Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais vai "abrir", no decorrer deste Verão, alguns itinerários para serem percorridos de bicicleta. À margem da visita efectuada ontem ao Pico Escalvado, Manuel António Correia avançou, ao DIÁRIO, a localização de três desses percursos: um vai ficar na zona da Portela, outro no Paul da Serra e, por fim, um na Fonte do Bispo. Por forma a avaliar as condições em que se encontram estes percursos, o secretário testou o da Fonte do Bispo.

Após ter percorrido a pedal o itinerário, Manuel António Correia aproveitou para sugerir algumas modificações ao nível da sinalética e da recolha selectiva do lixo. No início de cada percurso vai ser colocado um ecoponto, assim como outras informações, a dar conta de vários pormenores, como a localização exacta do local onde o ciclista se situa. Os painéis vão conter ainda informações sobre as características do terreno onde o ciclista está a pedalar. Apesar de alguns destes itinerários estarem já criados, sendo oficialmente apresentados ainda este Verão, a ideia é dotar as serras da Madeira com outros percursos específicos, dispostos de forma ordeira.

Manuel António Correia alertou, no entanto, que estes caminhos «devem ser feitos nos sítios adequados e de forma a não prejudicarem a natureza». A Secretaria pretende, assim, criar «alguns espaços alternativos» em toda a Região que possam ser utilizados não só pelos madeirenses, mas também pelos turistas que nos visitam. Em declarações ao DIÁRIO, o titular regional da pasta do Ambiente e Recursos Naturais disse que os passeios de bicicleta têm vindo a ter uma procura crescente por diversas pessoas que se mostram interessadas. A criação destes itinerários vai «tornar a nossa terra mais atractiva e proporcionar maior qualidade de vida», defendeu Manuel António Correia.

Filipe Gonçalves

tags:
publicado por João Carvalho Fernandes às 21:12
link | comentar | ver comentários (1) | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Setembro 2021

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

.links

.posts recentes

. VÉU DA NOIVA E TÚNEL DAS ...

. CALHAU DA LAPA

. PISCINAS DA PONTA GORDA -...

. Carreiro mais antigo diss...

. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...

. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...

. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...

. QUINTA DO ARCO - ARCO DE ...

. PONTA DE SÃO LOURENÇO

. FORTE DE SÃO TIAGO

. HELLOGUIDEMadeira

. CABO GIRÃO AOS PÉS

. VISTA DO MIRADOURO DO CAB...

. MIRADOURO DO CABO GIRÃO

. TELEFÉRICO DO RANCHO

. VISTA TELEFÉRICO DO RANCH...

. Estátua do INFANTE D. HEN...

. IGREJA DE SANTA MARIA MAI...

. JANELA MANUELINA NA QUINT...

. VÉU DA NOIVA - SEIXAL

.arquivos

. Setembro 2021

. Setembro 2016

. Julho 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Agosto 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Outubro 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Junho 2011

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Julho 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Maio 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Julho 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Agosto 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Outubro 2004

. Setembro 2004

. Agosto 2004

. Julho 2004

. Março 2004

. Fevereiro 2004

. Janeiro 2004

.tags

. todas as tags

.favoritos

. Dos sítios que valem a pe...

. Fazer um cruzeiro: yay ou...

. Hoje vou contar-vos uma h...

. Boa Noite e Bom Descanso

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub