Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira
O teleférico do Jardim Botânico foi inaugurado no passado dia 17 de Setembro, oferecendo uma viagem de 1600 metros até ao Largo das Babosas
O céu estava claro e o dia convidava a um passeio diferente, talvez numa vertente mais natural. De surpresa, vimo-nos convidados a participar numa viagem de teleférico, uma ideia que decerto não agrada muito àqueles que têm um certo receio de alturas. Mas aceitámos o desafio e decidimos embarcar nesta curta, mas inesquecível, "viagem". Não foi complicado encontrar a estação do Jardim Botânico, localizada algumas centenas de metros acima deste espaço do Funchal.
Dotado de vários lugares de estacionamento, este edifício foi construido segundo a tradicional "arquitectura" dos "poios", estando dividido em várias plataformas. No piso superior, temos o acesso às várias instalações e é ali que nos espera uma pequena viagem de elevador. Passados dois andares, chegámos ao piso zero, onde para além do local de embarque e desembarque, das bilheteiras, das lojas temáticas e de um bar, as pessoas que por ali passam têm o privilégio de perder alguns instantes num pequeno miradouro que oferece uma vista imperdível sobre a baía do Funchal, que, ainda assim, em nada prepara para a viagem que se segue. Ainda sem a esperada "lufa-lufa" de passageiros, temos a estação quase ao dispor da nossa curiosidade, mas a expectativa vai para a travessia do vale da ribeira de João Gomes, agora possibilitada pelo teleférico do Jardim Botânico.
Esperámos alguns instantes para que nos fosse disponibilizada uma das doze espaçosas cabinas que oferece este transporte e logo que ela chega, regressada da estação Babosas-Monte, entrámos rapidamente, sem que ela perca a velocidade de andamento (a tal que não ultrapassa os 4,2 metros por segundo). Respirámos fundo e em poucos segundos saímos da rampa relvada daquela estação. Aí é o verde vertiginoso que nos espera, numa vista panorâmica sobre o vale da Ribeira e sobre as escarpas que o limitam.
A viagem é lenta, dando tempo para que percamos qualquer receio prévio. Nove minutos é o tempo que nos separa da estação das Babosas, um momento em que temos a oportunidade de apreciar mil e seiscentos metros de natureza e um dos locais mais belos da cidade do Funchal. Longe da civilização, dos amontoados de prédios e do tom cinzento que tanto nos lembra a poluição dos ambientes puramente urbanos, ali, onde chegamos a estar a 110 metros de altura, temos a sensação de estarmos a ser engolidos pela grandeza natural do vale da ribeira de João Gomes. Pouco depois estamos já a chegar às Babosas.
A viagem é curta e a vontade é regressar pelo mesmo meio, só para ter o prazer de apreciar um outro ângulo da paisagem. Desembarcámos também rapidamente e aproveitámos alguns instantes para conhecer aquele espaço que nos dá acesso ao Largo das Babosas (no Monte). É ali que estão implementadas as outras infra-estruturas deste novo projecto regional. Bilheteiras, um bar-esplanada e ainda um posto de informação fazem parte desta estação localizada numa espécie de plataforma do miradouro das Babosas.
Regressámos à zona de embarque para a viagem de regresso à estação do Jardim Botânico. Depois de entrarmos na cabina para esta segunda parte do trajecto, é com menor sobressalto que sentimos o chão a "fugir-nos debaixo dos pés". Estamos ansiosos para os outros nove minutos e para a paisagem que nos espera. Agora já não é apenas o vale que nos brinda e, a pouco e pouco, surgem, por entre o recorte das escarpas, a ponte sobre aquela ribeira e, ao longe, a baía do Funchal. Corta-nos a respiração esta visão que, a pouco e pouco, nos enche os olhos, a tal paisagem que se recorta em direcção ao azul do oceano Atlântico e à linha do horizonte.
Agora que foi inaugurado, o teleférico do Jardim Botânico está a funcionar todos os dias, das 9.30 às 17.30 horas, permitindo que por ali viajem 400 passageiros por hora. Para experimentar este novo meio de transporte os custos são de 12 euros para os adultos (7,50 euros só ida) e de 6 euros para crianças entre os 4 e os 14 anos (3,75 euros só ida), porém, até ao próximo dia 18 de Outubro, os residentes têm direito a preços promocionais, com 50% de desconto em cada bilhete.
Ana Luísa Correia
Trata-se de um dos mais luxuosos estabelecimentos hoteleiros da Madeira. Esta Quinta de 5 estrelas de luxo oferece uma atmosfera com conforto e elegância, numa área com cerca de 25.000 metros de jardins tropicais.
Situada no topo de uma achada sobranceira ao Funchal, logo acima do núcleo museológico mais importante da Ilha, a Estalagem Jardins do Lago é um dos mais belos exemplares da interligação perfeita entre a riqueza histórica e patrimonial e as exigências de bem estar e conforto para as pessoas que procuram o ambiente genuíno das tradicionais Quintas madeirenses. Edificada em meados do século XVIII por uma família madeirense, a Quinta da Achada foi posteriormente residência de outras duas bem conhecidas famílias francesas e inglesas.Reza a história que, durante a ocupação da Madeira no período das guerras napoleónicas, esta Quinta serviu de residência ao General Beresford, comandante das forças inglesas. Uma das provas da sua presença, é o magnífico "sideboard" que ainda faz parte do recheio do Restaurante da Casa Mãe.
A Estalagem Jardins do Lago abriu uma nova página no já rico historial desta Quinta. O empreendimento compreende 31 quartos duplos, 5 Suites e 4 Junior Suites, todos virados a Sul, para os jardins e para o mar. Perfeitamente integrada no estilo colonial da Casa Mãe, oferece o conforto e requinte, próprios das unidades pequenas e personalizadas, servida por profissionais imbuídos do espírito acolhedor, característico da melhor tradição do turismo madeirense.
Beneficiando de grande exposição solar durante todo o dia, possui uma extensa área de jardins verdadeiramente únicos, dispersa por uma área plana de 2.5 hectares, abrangendo raros e fantásticos exemplares de árvores centenárias (como a Dracaena Draco da Madeira, a Syncarpia Glomelifera da Australia ou a Cinnamomum Campitora da China e Japão).Muitas das árvores da Quinta foram plantadas no século XVIII, tendo os sucessivos proprietários mantido contactos com Jardins Botânicos espalhados pelo mundo.Existe também um bonito Lago que originou o nome desta Estalagem, onde pode ser encontrada uma tartaruga gigante, a "Colombo", com 47 anos de idade.
A piscina, de grande dimensão, aquecida e parcialmente coberta, integra um magnífico solário com ambiente tropical, que proporciona momentos de grande descontracção, devido à sua localização solarenga. A sala de jogos, a sauna, o ginásio, o banho turco e o campo de ténis, ajudam a complementar a oferta de ocupação dos tempos de lazer. Para aqueles que apreciam o sossego, nada como passar algumas horas na sala de leitura ou nalgumas das recatadas zonas de estar.
Dispõe de um restaurante, "The Beresford", onde num ambiente requintado são servidas especialidades regionais e internacionais.
Também dispõe de espaços específicos para crianças, como um "kid's club".
Morada: Rua Dr. João Lemos Gomes, n. 299000 - Funchal - Madeira
Tel: (351) 291 750 100
Fax: (351) 291 750 150
E-mail: info@jardins-lago.pt
Dispõe de site: Jardins do Lago
Texto: Diário de Notícias da Madeira
Fotos minhas do fim de Julho e início de Agosto, na altura em que as obras eram concluídas.
Com a licença de exploração para breve a Câmara já tem data marcada para a inauguração: dia 17
Ultrapassadas todas as questões de ordem regulamentar, o teleférico que liga o Jardim Botânico às Babosas (Monte) tem já data para a inauguração: dia 17 deste mês. O cruzamento de um cabo de alta tensão da empresa Electricidade da Madeira (EM) com a linha do teleférico foi um dos aspectos que mais suscitou dúvidas ao Instituto Nacional de Transportes Ferroviários (INTF). A licença de exploração está finalmente para breve.
Uma vez concluídos os trabalhos de construção civil, o Departamento de Obras Públicas da Câmara Municipal do Funchal está agora a «ultimar questões do serviço administrativo», para depois ser alvo de vistorias técnicas. O responsável pelo projecto, José Perneta, disse que estão a ser tratados aspectos relacionados com o sistema de segurança do teleférico que têm de ser cumpridos, entre os quais a proximidade dos cabos de alta tensão, para que a entidade licenciadora deste tipo de infra-estruturas (INTF) emita a licença de exploração.
Questionado pelo DIÁRIO, o responsável explicou que aquela é uma linha eléctrica de reserva e que não está em funcionamento. Ainda que possa vir a ser utilizada pela EM, para reforçar o abastecimento de energia eléctrica à cidade, «a distância mínima regulamentar está cumprida».
O plano de evacuação de emergência do teleférico prevê mecanismos automatizados. Por exemplo, em caso de falha do sistema eléctrico, há o recurso a um motor a gasóleo. Se o vento soprar com rajadas, é accionado um alarme que faz com que a velocidade abrande. Neste sentido, José Perneta considerou que apenas em casos de catástrofe, como sismos, é que seria necessário recorrer à evacuação. Apesar disso, garantiu que os planos existem e são «evolutivos». Tal como acontece no teleférico Funchal/Monte, são os exercícios periódicos dos bombeiros que vão testar a capacidade de evacuação e de emergência do novo teleférico.
Ricardo Duarte Freitas
Duas das frutas que prefiro na Madeira: a banana prata e a banana ananaz. A foto foi tirada no mercado do Funchal. A banana ananaz é desconhecida da generalidade das pessoas. É uma fruta sui-generis, que não se serve em restaurantes devido à particularidade de se dever ir comendo à medida que vai ficando madura. Quando isso acontece, começam a cair pedaços da casca e é a altura de comer o interior, de cor branca. Normalmente este fruto é para ser comido em 3 a 4 dias, dado que como amadurece progressivamente é impossível comê-lo de uma só vez. É uma delícia! Se tiverem oportunidade experimentem-na.
A surpresa é que este fruto é de uma planta relativamente conhecida: a Costela de Adão, cujo nome científico é Monstera deliciosa.
Adenda: O Emanuel Bento informa que o nome real deste fruto é fruto maravilha.
Adenda 2: Segundo o leitor Helder Dantas o nome mais correcto é, de facto, banana ananás. As designações "fruto maravilha" ou "fruto delicioso" têm origens populares pouco conhecidas.
Com a devida vénia à Revista diário do Diário de Notícias da Madeira
Um aquário em construção
A Norte da ilha da Madeira, na frente-mar da pacata vila do Porto Moniz, biólogos e pescadores ultimam a abertura do Aquário da Madeira, que deverá ser inaugurado durante a primeira semana do próximo mês. O dia-a-dia da jovem bióloga responsável pelo departamento de aquariologia, Licínia Gouveia, está dividido entre a captura e a adaptação das diferentes espécies marinhas que vão morar nos 11 tanques do aquário, construídos de raiz no interior do remodelado Forte São João Baptista. No tanque principal a atenção vai quase toda para um tubarão capturado no mar ao largo da vila, não muito longe do local onde o aquário foi construído. Dado que é um tubarão de mar alto, e por isso não estava habituado a contornar obstáculos, sentiu algumas dificuldades nos primeiros dias, embatendo constantemente com o focinho nas rochas e no vidro do aquário.
No dia em que se colheram os elementos para este texto, o grande peixe não estava a alimentar-se. Por enquanto, a situação não era considerada alarmante, pois trata-se de um animal capaz de permanecer longos períodos sem o fazer, graças a uma «digestão muito lenta», explicou a bióloga. Daí que até tornar-se claro que este tubarão pode ambientar-se ao habitat providenciado pelo aquário - com capacidade de 500 metros cúbicos -, não virão outros da mesma espécie, observou. O espécime esguio e imponente trazido para cativeiro pela mão dos pescadores do Porto Moniz tem entre sete e nove meses de idade. Com ele nadam douradas, bodiões, pargos, safia, chopas, peixes-porco, castanhetas, meros. Mas parece indiferente à sua presença. Para Licínia Gouveia, uma explicação para tal comportamento poderá residir no facto de ser «um predador». «Está a habituado a caçar e não a "conviver" com as presas», lembrou.
Em fase de ambientação estava também um ratão que, à altura da reportagem da REVISTA, partilhava um tanque com uma moreia com cerca metro e meio. Ao contrário do seu companheiro, esta última não revelava qualquer problema ao nível da alimentação. «Farta-se de comer », contou a interlocutora. A exemplo do tubarão, também o ratão tem recusado a alimentação, pelo que não se pode afirmar que venha a ser uma das atracções do Aquário.
Outro caso especial que precisou da atenção de Licínia Gouveia nos últimos tempos assumiu a forma de uma tartaruga. Pescadores do Porto Moniz vieram entregá-la ao Aquário após a terem capturado no mar. «Têm sido muito prestáveis, auxiliam na pescaria dos animais, disponibilizando embarcações para a captura e transporte», agradece a bióloga. Mas, tal como o tubarão ou o ratão, a tartaruga é um «animal de uma certa complexidade». Por isso «revela mais tempo em se ambientar, ao contrário dos peixes, que têm outra maneira de funcionar», observa. O animal também não comia nem se mostrava interessado em vir a fazê-lo nos próximos dias, pois deixava a «comida cair ao chão».
E como era praticamente impossível e complicado forçá-la, pois costuma debater-se bastante e é muito forte, para além de ter umas mandíbulas poderosíssimas, foi necessário enviá-la para o Funchal, para a Estação de Biologia Marítima. Aqui será tratada e alimentada por pessoas qualificadas para levar a cabo essa missão complexa. Segundo os pescadores, conta a responsável, a tartaruga já não estava a comer quando foi apanhada.
«A captura de tartarugas, para além de ser errado, constitui um acto de ilegalidade bastante grande», lembra a bióloga, apelando aos pescadores para terem isto sempre presente. Mas ainda bem que «o fizeram para a trazer para nós», desculpabiliza, dado que aparentava estar doente. Depois de tratada, a tartaruga poderá ser exposta no Aquário do Porto Moniz. Mas, para tal, será necessário ultrapassar um conjunto de formalidades que não se afiguram nada fáceis, lembra a bióloga.
«Qualquer uma das cinco espécies de tartarugas que podem aparecer no arquipélago da Madeira, umas mais raras do que outras, mas todas ameaçadas de extinção, são bastante vulneráveis, sendo necessário seguir uma série de procedimentos legais para podermos expô-la», explica. «Se conseguimos obter licença ou permissão do Parque Natural da Madeira, entidade que tem a competência na Região para fazer valer as tartarugas», a exposição do animal poderá contribuir para a sua protecção. O Aquário passará a dispor de uma componente pedagógica importante.
«As pessoas que visitarem o Aquário, e que já ouviram falar nas tartarugas e nos perigos de extinção que as ameaçam, poderão criar ainda mais laços de afinidade com o animal se o puderem ver ao vivo, embora num meio não natural, mas num que lhe é propício», explica. «Ao terem a possibilidade de ver a beleza que é um animal estar no seu meio e se comportar naturalmente, penso que as pessoas vão começar a ter consciência de como é importante proteger este tipo de animais, não só estes mas todos em geral, especialmente aqueles que são mais vulneráveis».
Já agora, acrescenta Licínia Gouveia, «também era importante que as pessoas começassem a ter consciência de que é preciso proteger não só os animais em particular», mas também a «natureza no seu todo». «Não é mentira que isto está tudo ligado, e que sujando as águas matam-se os peixes e matam-se as tartarugas. Não é só capturando os animais que os pomos em risco de extinção, é também a poluição que ocorre no mar», alerta. Raúl Caires
. Blogs
. VÉU DA NOIVA E TÚNEL DAS ...
. PISCINAS DA PONTA GORDA -...
. Carreiro mais antigo diss...
. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...
. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...
. ROSEIRAL DA QUINTA DO ARC...
. QUINTA DO ARCO - ARCO DE ...
. VISTA DO MIRADOURO DO CAB...
. VISTA TELEFÉRICO DO RANCH...
. Estátua do INFANTE D. HEN...
. IGREJA DE SANTA MARIA MAI...
. JANELA MANUELINA NA QUINT...
. Dos sítios que valem a pe...
. Fazer um cruzeiro: yay ou...
. Hoje vou contar-vos uma h...